Antes mesmo de voltar ao Brasil, fazia consultoria para empreendimentos imobiliários e para pequenos negócios no ramo de arquitetura e engenharia (pro bono) no litoral de Santa Catarina. Na época, fui a Portugal buscar uma linha de financiamento estrangeira para um multipropriedade a ser edificado no Vale do Itajaí. Passaram-se alguns meses e então voltei ao Brasil com uma carteira de projetos para conduzir.

É sabido que empreendedores do ramo imobiliário, principalmente os da incorporação e construção de multifamiliares, tem um grande impacto na comunidade em que operam. Nossos prédios participam da skyline de uma cidade, interferem na mobilidade urbana, modificam a economia de municípios, servem de teto para varias pessoas que vivem e trabalham nesses meios urbanos, e que por sua vez cada uma delas exerce cada qual seu impacto.

Um de nossos residenciais serviu de lar e porto seguro para um jovem rapaz que perdera os pais muito cedo. Felizmente ele tinha onde descansar sua cabeça e acordar saudável na manha seguinte e buscar seus interesses. Hoje esse rapaz é um advogado e muda a vida das pessoas que estão ao seu entorno da forma dele, um cidadão producente.

Em outro caso, um dos apartamentos que produzimos serviu de alavancagem financeira para um casal de indivíduos divorciados e com filhos darem mais uma chance ao amor. Ao se juntarem, venderam a unidade que haviam comprado da incorporadora, mas com uma valorização espetacular, moldando a qualidade de vida do casal e dos filhos que os seguem.

Não obstante, penso que minha contribuição ao mercado imobiliário transcende a tangibilidade do tijolo e do cimento. Penso que, mais valioso que o impacto dos edifícios diretamente construídos é do da transmissão de conhecimento. Seja essa transmissão feita por meio de conhecimento técnico de engenharia, educação gerencial, ou até mesmo por liderança inspiracional  -são as ideias que realmente tem valor perene.

Semana após semana, passo horas mentorando e prestando consultoria a empreendedores do ramo imobiliário. Guio-os pelos caminhos da incorporação imobiliária, caminhos esses que já trilhei, e que eles escutam com atenção – fato raro num mundo sedento por atenção e que engajamento duram meros segundos.

Uma das consultorias, por exemplo, resultou em uma revisão do posicionamento estratégico, e então a pequena empresa que se limitava a elaborar projetos mobiliários de interiores hoje inclui em seu portifólio gestão de obras de hotéis em municípios turísticos emergentes.

A ideia aqui é simples: ajuda-los a entregarem os melhores produtos e serviços para a comunidade que eles servem. O consumidor é soberano, e é resolvendo “problemas” e “dores” dessas pessoas que eles adicionam valor a vida delas. Assim, em um livre comercio, os influencia a trocar X quantidade de dinheiro pelo produto que a eles está sendo oferecido. Em suma: do meu trabalho alimenta centenas de iniciativas de pessoas que resolvem problemas de milhares de pessoas.

Então chegamos ao meu Proposito e a maneira que eu encontrei de implementa-lo. Neste efêmero tempo que é me dado nesta Terra, me proponho a deixa-la melhor do que quando a encontrei. Faço isso disseminando ideias e métodos que elevam as práticas comerciais. Uma “empresa” de lançar “empresas” de resolver problemas dos outros e adicionar valor a comunidade, deixando seus cidadãos melhores do que outrora estiveram.